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Gestão e segurança hídrica é tema de capacitações dos Comitês Araranguá e Urussanga

Atualizado: 3 de mar. de 2022


Os Comitês das Bacias dos Rios Urussanga, Araranguá e Afluentes Catarinenses do Mampituba, Extremo Sul de Santa Catarina, promoverão nos meses de fevereiro e março, seis webconferências, com diversos setores para discutir sobre gestão e segurança hídrica.


O evento se chama “Gestão de Recursos Hídricos e a Segurança Hídrica nas Bacias Hidrográficas do Extremo Sul Catarinense”, e o primeiro encontro será na quarta-feira, dia 9, às 13h30, com o tema “Segurança Hídrica nos Territórios Municipais”.

O evento terá a participação do Gerente de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Sustentável, Vinícius Tavares Constante, que abordará sobre os incentivos financeiros para fomentos de projetos de segurança hídrica, e do Assessor Técnico do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), Flávio Forti Stenico, que falará da experiência paulista de revitalização do manancial Ribeirão Quilombo.


Conforme Vinicius Tavares Constante, a segurança hídrica é garantir a disponibilidade de água em quantidade e qualidade o suficiente para atendimento da sociedade e das atividades econômicas. “Todos os estudos mostram que é muito mais econômico trabalhar no sentido de buscar a segurança hídrica, do que sofrer com a falta de água”, comentou.


Ele comentou que a região Sul de Santa Catarina, é um espaço que tem “mais tem stress hídrico no Estado”, não só pelo alto consumo de água pela rizicultura, mas também pela falta de saneamento básico, comum em várias cidades do Estado, e pela questão contaminação pela mineração. “É preciso de ações para não sofrer com a escassez hídrica nos períodos que chove menos e também garantir a qualidade da água”, disse.


Case de Ribeirão Quilombo


Na webconferência desta semana (09/02), um dos palestrantes vai apresentar as ações municipais para proteção das águas em bacias hidrográficas, o caso da recuperação do manancial de Ribeirão Quilombo, inserido nos municípios de Campinas, Paulínia, Americana, Campinas, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia, no Estado de São Paulo.


Segundo o assessor técnico do Consórcio PCJ, Flávio Forti Stenico, o projeto iniciou a quatro anos e já apresenta bons resultados na recuperação do manancial, que está inserido em meio a 2 milhões de habitantes, numa área bastante urbanizada e industrializada. “Temos bons resultados na sensibilização da comunidade para recuperação ambiental, o que já aparece na evolução de indicadores, como índices de perdas, tratamento de esgoto e atendimento, de melhora os resultados na segurança hídrica”, comentou Flávio.

Cronograma e inscrições


Data - Hora - Tema e local

1ª - 09/02 - 13h30 - Segurança Hídrica nos Territórios Municipais, por videoconferência

2ª - 16/02 - 13h30 - A Implantação do Marco Regulatório de Saneamento e a Segurança Hídrica, por videoconferência

3ª - 24/02 - 13h30 - Cadastro e Outorga de Uso de Água; presencial na CETRAR Araranguá

4ª - 03/03 - 13h30 - Segurança hídrica no setor rural; presencial na propriedade rural

5ª - 16/03 - 13h30 - Eficiência do uso de recurso hídricos no setor industrial; por videoconferência

6ª - 22/03 - 13h30 - Diálogo Entre Bacias Hidrográficas do Extremo Sul Catarinense, por videoconferência

As inscrições para os eventos podem ser efetuadas pelo link: https://forms.gle/Ynnr4XRVENVUg6F9A e os participantes poderão acessar as webconferências por meio do youtube.


As capacitações terão o apoio da Aguar, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) de Santa Catarina, da AMREC, da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS), Consórcio Intermunicipal de Saneamento Ambiental (CISAM-SUL) e da FIESC.


A origem do evento


O assunto foi tema do 4º Diálogo Entre Bacias Hidrográficas do Extremo Sul Catarinense, desenvolvido em 2020 com objetivo de firmar parcerias com instituições, a fim de adotar medidas de segurança hídrica para minimizar os efeitos da estiagem, fenômeno meteorológico recorrente em Santa Catarina, nos territórios destas bacias.


Deste evento resultaram 14 pactuações realizadas com as Agências Reguladoras de Água, Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Colegiado de Meio Ambiente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), pactuam medidas de segurança hídrica para os territórios dos 29 municípios inseridos nas três bacias do Extremo Sul Catarinense. As medidas pactuadas com os gestores públicos e os setores agropecuário, da indústria e de abastecimento de água e esgoto foram enviadas às instituições parceiras para que pudessem ser avaliadas por suas câmaras técnicas. No final de 2020, todas as quatro instituições parceiras retornaram com seus pareceres positivos. No início do ano de 2021, os comitês de bacias hidrográficas aprovaram as medidas de segurança hídrica em assembleias gerais e formaram grupos técnicos de segurança hídrica, com representantes dos segmentos da população, usuários de água e órgãos administrativos estadual, no intuito de implementar as medidas de segurança hídrica pactuadas com as instituições parceiras.

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