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Há 13 anos, lutas e avanços buscam a proteção dos recursos hídricos

Um sonho culminou numa conquista significativa que mobilizou e uniu a região Sul de Santa Catarina no ano de 2006: a criação do Comitê da Bacia do Rio Urussanga. Ver a bacia hidrográfica em melhores condições num futuro próximo foi a grande motivação que juntou diferentes entidades representativas, instituições de ensino e a sociedade em geral. Em dezembro de 2019, o órgão colegiado comemora 13 anos de atuação.



“Durante dois anos, antes da formação efetiva, ocorreram muitas reuniões e audiências públicas nos municípios. Além de toda mobilização, buscamos conscientizar e dar destaque ao rio, evidenciando sua importância, problemas e estratégias de gestão. Um dos desafios daquela época foi o Comitê ser mais proativo na gestão das águas e se posicionar em questões fundamentais e polêmicas, como a implantação de atividades poluentes”, recorda o primeiro presidente do órgão colegiado, engenheiro agrônomo Renato Bez Fontana.


Nos anos seguintes, uma parceria com o projeto Piava Sul, composto por professores e outros profissionais qualificados, propôs e executou ações relevantes como o nivelamento do conhecimento dos membros e sobre a gestão integrada, bem como o cadastro de usuários de água.


“Destaque para o Caderno do Educador voltado à educação ambiental na bacia hidrográfica. Através deste conseguimos levar as informações sobre recursos hídricos de forma sucinta à população da bacia por meio de capacitação. Daquela época lembro-me do debate a respeito da elaboração do Plano de Recursos Hídricos. Um desafio foi buscar manter o órgão colegiado funcionando sem recursos”, comenta o presidente do Comitê entre 2008 e 2012, professor universitário Antonio Adilio da Silveira, representante da Colônia de Pescador Z33 como usuário de água.


SOCIEDADE PARTICIPATIVA

José Carlos Virtuoso, professor e palestrante, atualmente membro titular do Comitê como representante da ABADEUS, do segmento da população da bacia, esteve à frente do órgão entre 2013 e 2016. Neste período, uma parceria com o programa SC Rural resultou em acompanhamento técnico fundamental para o fortalecimento, contemplando repasse de recursos necessários para a estruturação dos órgãos.


Destaque para a mobilização social promovida pelo Comitê como um dos grandes resultados nesta época. “As pessoas começaram a entender que o órgão não era uma ONG, mas um instrumento à construção da governança da água, por meio de um processo participativo, incluindo os setores público, privado e a sociedade civil. Nesse sentido, a realização contínua de atividades e sua divulgação por meio de uma estratégia eficiente de comunicação permitiram que o Comitê passasse a ser mais conhecido, com sua vinculação à gestão hídrica”, pontua.



MOMENTO ATUAL RUMO AO PLANO COM METAS

A engenheira química Carla Possamai Della, atual presidente do Comitê representando o Samae de Cocal do Sul, acompanha um momento histórico: a elaboração do Plano de Recursos Hídricos com a participação da sociedade, identificando os problemas e as soluções para a gestão da água.


“Percebe-se a necessidade e importância de garantir água em quantidade e qualidade aos diversos usos e ao desenvolvimento sustentável da bacia hidrográfica do Rio Urussanga. Em cada etapa concluída fica mais evidente o interesse e a preocupação por parte de alguns setores envolvidos, participação fundamental para identificar quantitativa e qualitativa disponibilidade hídrica da bacia hidrográfica e nortear conflitos já instalados ou futuros. Os desafios, a partir de agora, são ligados a gestão pública eficiente para que ocorra a efetivação das metas e estratégias, ações de curto, médio e longo prazo definidos no Plano”, frisa.

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