Indispensável para a sobrevivência humana, a água também exerce papel essencial para a economia. Nas linhas de execução diárias em diversos setores da indústria, a água é um recurso fundamental durante os processos até chegar à elaboração do produto final. A grave estiagem que assola Santa Catarina desencadeia uma crise hídrica. Esta é uma preocupação defendida pelo Comitê da Bacia do Rio Urussanga nos últimos anos e ganha apoio de diferentes segmentos da sociedade.
A cerâmica branca expõe, cada vez mais, o interesse em alinhar produção e sustentabilidade. Recentemente, a empresa Eliane Revestimentos iniciou diálogo com o Comitê a respeito do assunto. Profissionais do setor de Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiental conversaram, de forma online devido à pandemia, com o secretário-executivo do Comitê e representantes da Epagri, Fernando Preve, e a técnica de recursos hídricos da AGUAR, Rose Maria Adami.
Segundo a coordenadora do setor, Andreia Canever, a empresa buscou aproximação com o Comitê a fim de tomar conhecimento sobre o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Urussanga. "Queremos entender onde a empresa pode agir com ações relacionadas a gestão desses recursos na região onde está inserida", pontua.
Nos encontros recentes, virtual e presencial, foram expostos dados e informações sobre a bacia hidrográfica, o papel do órgão colegiado, a participação da indústria neste processo e a atual situação hídrica em Santa Catarina. Como encaminhamento das reuniões, duas propostas de trabalho estão sendo elaboradas pela equipe técnica do Comitê e serão apresentadas posteriormente à empresa.
“Enfatizamos a preocupação do Comitê relacionada aos processos produtivos, que consigam minimizar ou reduzir ou ter consumo mais consciente dos recursos hídricos. O setor cerâmico faz uso da água, em escala significativa, para produção. Por isso procuramos mostrar que as empresas precisam ter atitudes conscientes dos recursos naturais”, comenta Fernando.
Para o secretário-executivo do Comitê, o posicionamento de algumas empresas vem ao encontro do que defende o Comitê. “O diálogo entre as partes é importante para que, de forma conjunta, possamos começar a pensar em ações práticas para que as empresas possam desenvolver ações, como parceiras e apoiadoras das práticas do Comitê, a fim de ter as questões hídricas como uma das prioridades”, pontua.
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